sexta-feira, 16 de agosto de 2013

                               E S P E L H O S


Dura é a vida
                               Uns passam e não veem, ou fazem que não

Triste é a dor
                               De olhar pro horizonte e não  ver os filhos, irmãos, família, de não ver a luz

Triste e a perca
                               Do tudo, de tudo, planejar, viver e sonhar, nem se quer pensar em amar
Agonizando o  mórbido,  infindo e aterrorizante tempo, que não passa
       O quanto passa tão rápido, porém não se vê os meses,  dias e muito menos a horas

Perde se no tempo,  as perspectivas
       O lúdico, amizade, carinho, os princípios e o que vem a ser humano
                               Desumano, a morte do amor

Como é não ser notada?!
                               Não se incomodarem
                               Ser  ignorada
                               Sentir a  dor, qualquer dor, não tem com quem  falar
                               Quem se importa, não importa

É o vício que nos matam?! ou seria a indiferença?!

Entre o fundo do poço e a luz, não é tão grande a vazio
                               Grande é distância entre cidadãos de bem e os párias

Intocável não seria a hipocrisia de nossos decretos?!
                               Pária é a doença que não vemos em nossos vis diagnósticos
   
Onde está a dignidade,  honra e  a moral?!
Diante de tanta falta de bom censo, de amor, de compromisso e respeito?!

Neste  reinar  de Egos tudo vira Pó
Neste mesmo Pó que é consumido pelos abastados
E na Pedra que esmagam  nas calçadas frias, nas noites caladas, na fome das ruas,  na ferida desferida pelos incontáveis olhares em desprezo...  os “coitados”

Não precisamos de espelhos
Precisamos de óculos.



GOIÂNIA – GOIÁS, 16/08/2013.

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