E
S P E L H O S
Dura é a vida
Uns
passam e não veem, ou fazem que não
Triste é a dor
De
olhar pro horizonte e não ver os filhos,
irmãos, família, de não ver a luz
Triste e a perca
Do
tudo, de tudo, planejar, viver e sonhar, nem se quer pensar em amar
Agonizando o
mórbido, infindo e aterrorizante
tempo, que não passa
O quanto passa
tão rápido, porém não se vê os meses,
dias e muito menos a horas
Perde se no tempo, as
perspectivas
O lúdico, amizade,
carinho, os princípios e o que vem a ser humano
Desumano,
a morte do amor
Como é não ser notada?!
Não
se incomodarem
Ser ignorada
Sentir a dor, qualquer dor, não tem com quem falar
Quem
se importa, não importa
É o vício que nos matam?! ou seria a indiferença?!
Entre o fundo do poço e a luz, não é tão grande a vazio
Grande
é distância entre cidadãos de bem e os párias
Intocável
não seria a hipocrisia de nossos decretos?!
Pária
é a doença que não vemos em nossos vis diagnósticos
Onde está a dignidade, honra e a moral?!
Diante de tanta falta de bom
censo, de amor, de compromisso e respeito?!
Neste reinar de Egos tudo vira Pó
Neste mesmo Pó que é consumido
pelos abastados
E na Pedra que esmagam nas calçadas frias, nas noites caladas, na
fome das ruas, na ferida desferida pelos
incontáveis olhares em
desprezo... os “coitados”
Não precisamos de espelhos
Precisamos de óculos.
GOIÂNIA – GOIÁS, 16/08/2013.